Teste de Trendelenburg

Teste de Trendelenburg

O teste de Trendelenburg, um achado diagnóstico fundamental na avaliação da função do quadril, serve como indicador de fraqueza nos músculos abdutores do quadril, especificamente o glúteo médio e o glúteo mínimo. Caracterizado por uma queda contralateral da pelve durante a postura unipodal, esse sinal clínico reflete uma insuficiência muscular subjacente. Introduzido pela primeira vez em 1897 por Friedrich Trendelenburg, um renomado cirurgião alemão, foi inicialmente utilizado para detectar fraqueza dos abdutores do quadril em pacientes com displasia congênita do quadril e atrofia muscular progressiva. Hoje, o sinal de Trendelenburg permanece um elemento central na avaliação de diversas disfunções do quadril, destacando sua relevância contínua na prática médica.

  1. O paciente é orientado a manter-se em apoio unipodal durante 30 segundos, evitando qualquer inclinação lateral.
  2. O terapeuta observa se a pelve permanece nivelada durante esta posição unipodal. Quando a pelve se mantém estável, o teste é considerado negativo.
  3. Um sinal de Trendelenburg positivo é identificado quando a pelve se abaixa do lado contralateral à perna afetada. Essa instabilidade também pode se manifestar durante a marcha, resultando em uma claudicação característica. O indivíduo compensa inclinando o tronco para o lado afetado durante a fase de apoio, fenômeno conhecido como “marcha de Trendelenburg”.
Clinicalcpd

Um teste de Trendelenburg positivo é encontrado nas seguintes condições:

  • Subluxação ou luxação do quadril
  • Coxa vara
  • Fraturas do trocânter maior
  • Epifisiólise da cabeça femoral
  • Doença de Legg-Calvé-Perthes
  • Poliomielite
  • Lesão radicular
  • Lesão nervosa pós-operatória
  • Doenças que causam atrofia muscular
  • Paralisia cerebral hemiplégica
  • Distrofia muscular
  • Dor lombar
  • Osteoartrite do quadril
  • Fraturas do trocânter maior
  • Fraturas do colo femoral
  • Síndrome do membro curto
  • Período inicial após artroplastia total de quadril
  • Disostose cleidocraniana
  1. Cassidy L, Bandela S, Wooten C, Jennifer C, Tubbs RS, Loukas M. Friedrich Trendelenburg: historical background and significant medical contributions. Clin Anat. 2014 Sep;27(6):815-20.
  2. Hardcastle P, Nade S. The significance of the Trendelenburg test. J Bone Joint Surg Br. 1985 Nov;67(5):741-6.
  3. Henderson ER, Marulanda GA, Cheong D, Temple HT, Letson GD. Hip abductor moment arm–a mathematical analysis for proximal femoral replacement. J Orthop Surg Res. 2011 Jan 25;6:6.
     

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Lucas Veríssimo

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