O pé chato, ou pé plano, caracteriza-se pela ausência ou colapso do arco plantar, fazendo com que a planta do pé entre em contato total ou quase total com o solo. Essa condição pode ser congênita, manifestando-se desde o nascimento, ou adquirida ao longo da vida, frequentemente como consequência do envelhecimento ou de lesões.

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O diagnóstico do pé plano geralmente inicia-se com um exame visual detalhado, complementado por exames de imagem para uma avaliação mais precisa. As abordagens terapêuticas incluem analgésicos, suportes ortopédicos para o arco plantar, órteses para tornozelo-pé, exercícios específicos para fortalecimento e, em casos mais graves, intervenção cirúrgica.

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Como os pés chatos se desenvolvem?

O pé humano, em sua estrutura típica, é composto por 33 articulações que interligam 26 ossos distintos, além de mais de 100 músculos, tendões e ligamentos. Os arcos plantares desempenham um papel fundamental, funcionando como um amortecedor natural que distribui o peso corporal de maneira equilibrada entre os pés e as pernas. A conformação desses arcos influencia diretamente a forma como uma pessoa caminha, exigindo uma estrutura simultaneamente robusta e flexível, capaz de se adaptar ao estresse e a diferentes superfícies.

Quando os arcos são ausentes ou pouco desenvolvidos, observa-se o fenômeno da “pisada pronada,” em que os pés tendem a girar para o lado interno ao caminhar ou ao ficar em pé, resultando também em uma orientação dos pés voltada para fora. O desenvolvimento dos pés planos ocorre frequentemente na infância, embora possa se manifestar na vida adulta. Enquanto muitos indivíduos com pés planos são assintomáticos, outros podem apresentar variados sintomas, dependendo da gravidade da condição.

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Sintomas

Embora a maioria dos indivíduos com pés planos apresente poucos ou nenhum sintoma, aqueles que experimentam desconforto geralmente relatam dores na região do mediopé. Essa dor tende a intensificar-se com a atividade física e pode ser acompanhada por inchaço ao longo do tornozelo interno e do arco plantar. Dores nas pernas e nas costas também são frequentes, pois a instabilidade da marcha e da postura impõe uma carga excessiva sobre essas articulações, comprometendo o alinhamento e o equilíbrio corporal. (1)

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Causas

O pé plano resulta de uma combinação de diversos fatores e manifesta-se de forma distinta entre crianças e adultos. Frequentemente, em crianças, o pé plano é uma condição congênita, influenciada por fatores como:

• Predisposição genética
• Excesso de peso
• Ligamentos excessivamente curtos ou demasiadamente elásticos
• Déficit muscular ou hipotonia
• Desequilíbrio entre a parte anterior e posterior do pé

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Nos adultos, o pé plano costuma ocorrer na forma adquirida, uma condição mais prevalente em mulheres entre 40 e 55 anos. Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento desta condição, incluindo:

• Instabilidade do tornozelo (com tendência à pronação)
• Excesso de peso, que sobrecarrega os tendões
• Doenças degenerativas
• Condições inflamatórias, como a osteoartrite
• Traumas ou fraturas
• Desproporções nos membros inferiores, levando o corpo a compensações posturais
• Histórico de múltiplas gestações

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Prevenção e Tratamento

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• Uso de calçados ou palmilhas ortopédicas: calçados adequados ou palmilhas ortopédicas proporcionam um suporte essencial ao pé e distribuem a pressão de forma mais uniforme.
• Exercícios de fortalecimento específicos: Exercícios com ênfase no fortalecimento dos tendões flexores, incluindo o tendão Tibial Posterior, para aliviar os sintomas.
• Manutenção de um peso saudável: a obesidade pode acelerar o desenvolvimento do pé plano, portanto, uma dieta equilibrada e um estilo de vida ativo são aliados fundamentais para combater essa condição.
• O uso de rasteiras, chinelos e sapatilhas deve ser evitado

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Referências bibliográficas

1. Penn Medicine. Flat foot and high arches treatment.