Forças musculoesqueléticas

Forças musculoesqueléticas

Uma força que atua sobre o corpo é frequentemente denominada, de forma genérica, como carga. Forças ou cargas que movem, sustentam ou estabilizam o corpo e também têm o potencial de causar deformações e danos. No sistema musculoesquelético, as cargas mais comumente aplicadas são: compressão, tração, flexão, cisalhamento e torção (1).

TENSÃO – A tensão, também denominada tração, é uma forma de carga que atua de maneira axial sobre um osso, promovendo um aumento em seu comprimento e uma redução em seu diâmetro. Esse tipo de força ocorre, por exemplo, quando um indivíduo está suspenso em uma barra, sustentando seu próprio peso.

COMPRESSÃO – A compressão, em contraste com a tensão, é um tipo de carga que atua axialmente sobre um osso, promovendo a diminuição de seu comprimento e o aumento de seu diâmetro. Quanto maior for a carga compressiva, mais tecido ósseo é necessário para suportá-la adequadamente. Essa força é comumente observada nas vértebras lombares e nos ossos dos membros inferiores.

FLEXÃO – A flexão é um tipo de carga que provoca a curvatura de um osso, gerando esforços de compressão em um lado e de tração no lado oposto. Esse fenômeno ocorre quando uma força excêntrica, ou seja, não-axial, é aplicada a uma extremidade do osso, criando um momento de torque em um plano que inclui seu eixo longitudinal. Um exemplo típico desse mecanismo são as forças musculares que agem sobre os ossos longos.

DESLIZAMENTO – O deslizamento, também conhecido como cisalhamento, é um tipo de carga que tende a provocar o deslocamento de uma parte de um osso sobre outra, ou de um osso em relação a outro. Esse tipo de força gera movimentos paralelos entre as estruturas ósseas, exercendo pressão significativa sobre as articulações. Um exemplo clássico de cisalhamento ocorre na articulação do joelho durante a realização de um agachamento

TORÇÃO – A torção é um tipo de carga que provoca a rotação de um osso em torno de seu eixo longitudinal, ocorrendo quando uma força tenta girar o osso enquanto uma de suas extremidades permanece fixa ou impedida de se mover livremente. Esse fenômeno resulta da ação de um momento de torque em um plano perpendicular ao eixo do osso. Um exemplo típico é a torção da tíbia, que pode ocorrer quando o pé permanece fixo ao solo enquanto o restante do corpo realiza uma rotação, como frequentemente observado em esportes como o futebol.

Referências bibliográficas

  1. HALL, S. Biomecânica Básica. 5ª Ed., Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 2009

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Lucas Veríssimo

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