As causas da dor e da fraqueza no ombro podem ser diversas, acometendo tanto indivíduos jovens quanto idosos. Os sintomas podem variar desde leves desconfortos com pequenos estalidos até dor persistente e incapacitante, acompanhada de restrição significativa da amplitude de movimento.
Embora lesões traumáticas e processos degenerativos, como a artrite, estejam entre as causas mais frequentes, outras condições musculoesqueléticas também podem estar associadas a esses sintomas. Entre elas, destacam-se a síndrome do impacto do ombro, as rupturas do manguito rotador e os processos inflamatórios locais.
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A síndrome do impacto do ombro caracteriza-se pela irritação e inflamação dos tendões ou da bursa do manguito rotador, estruturas que atravessam o espaço subacromial — localizado logo abaixo da escápula. Essa condição é frequentemente desencadeada por movimentos repetitivos com elevação do braço acima da cabeça, como ocorre em determinadas atividades esportivas ou ocupacionais.
Um dos sinais clássicos é a dor ao elevar o braço lateralmente, fenômeno conhecido como “arco doloroso”. Quando não tratada adequadamente, a síndrome do impacto pode evoluir para a degeneração progressiva dos tendões do manguito rotador, levando ao seu enfraquecimento, afinamento e eventual ruptura.
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O manguito rotador é composto por quatro músculos e seus respectivos tendões que envolvem a cabeça do úmero, atuando na estabilização da articulação do ombro e na execução de movimentos de elevação e rotação do braço, especialmente em atividades acima da cabeça.
A ruptura do manguito rotador pode ocorrer de forma súbita, devido a um trauma direto, ou desenvolver-se progressivamente como resultado de microlesões provocadas por inflamação crônica. Em alguns casos — particularmente entre idosos sedentários — a lesão pode ser pouco sintomática. Em outros, manifesta-se por sinais clínicos mais evidentes, como:
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A lesão compromete a biomecânica da articulação glenoumeral, levando à perda progressiva de força e mobilidade. Quando não tratada, pode resultar em limitações funcionais permanentes.
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Lesões por impacto ou traumas não tratados podem evoluir para processos inflamatórios como bursite (inflamação da bursa) e tendinite (inflamação dos tendões), ou ainda para quadros de neurite braquial, caracterizada por inflamação dos nervos que inervam a região do ombro.
A restrição de movimento decorrente dessas condições pode provocar fraqueza muscular, perda de massa, força e resistência ao longo do tempo.
A bursite ocorre pela inflamação das bursas — pequenas bolsas cheias de líquido que reduzem o atrito entre estruturas móveis do ombro. Os sintomas tendem a surgir gradualmente e incluem dor localizada na parte externa do ombro, inchaço, sensibilidade ao toque e sensação de calor na região. A dor costuma ser menos intensa quando o braço permanece junto ao corpo ou em posições específicas, como a elevação a 90 graus.
A tendinite, por sua vez, compromete os tendões do manguito rotador e provoca dor que pode irradiar do ombro até a parte superior do braço ou, em casos mais avançados, até o punho. É comum a presença de estalos, especialmente ao alcançar regiões atrás da cabeça ou das costas. A dor tende a intensificar-se com a elevação do braço ou durante o sono sobre o ombro afetado. À medida que o processo inflamatório evolui, pode ocorrer agravamento dos sintomas, com aumento da dor, fraqueza muscular, inchaço, sensibilidade e limitação funcional.
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Referências
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